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Vem aí o FAOFEM'21!
Desde o Ondjango Feminista temos a satisfação de anunciar ao nosso público a 6ª edição do FAOFEM (Fórum Anual do Ondjango Feminista), edição de 2021, que acontecerá nos dias 4 e 5 de Setembro, na Academia BAI, em Luanda. É um evento gratuito, participativo e exclusivo para mulheres.
Fome e Seca Deixam Mulheres e Meninas Sem Esperança: Uma Realidade na Comuna da Bata-Bata - Huíla.
A comuna da Bata-Bata dista a 42 quilómetros da sede municipal da Humpata, na província da Huíla, e tem uma população estimada em perto de 17 mil habitantes. Este número está a reduzir em função do êxodo rural e das mortes que têm ocorrido. Neste momento, a comuna precisa de programas integrados e abrangentes: é preciso garantir-lhes apoios do ponto de vista de acções directas para o acesso imediato a alimentos, à água e ao vestuário. Na sequência, deve-se levar a cabo acções de desenvolvimento que garantam acesso à educação, à saúde, à capacitação técnica, bem como acções voltadas ao exercício da cidadania.
INQUÉRITO SOBRE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA - Ondjango Feminista 2021
Hoje lançamos o nosso INQUÉRITO SOBRE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA, cujo objectivo é igualmente a recolha de dados para fortalecer a produção de conteúdo e o trabalho de advocacia em torno do fim deste tipo de violência.
Os dados recolhidos no inquérito serão apresentados e analisados na 5ª edição do Informe TUBA!, que visa ressignificar a forma de abordar a violência contra a mulher em Angola em todas as suas formas e manifestações.
SORORIDADE: Uma Ferramenta Política Importante!
POR LEOPOLDINA FEKAYAMÃLE
Mulheres são humanas, pessoas sujeitas a não lidar bem com vários tipos de personalidades e a não criar automaticamente laços com outras mulheres: é normal, é natural. Laços de amizade levam tempo a serem construídos, podem ou não emergir de relações de trabalho e no processo de activismo, mas pode sempre existir respeito e admiração entre mulheres. E é tendo em conta estes factos que urge cada vez mais interiorizarmos que as nossas diferenças de personalidade não nos devem impedir de fazermos alianças de trabalho e políticas.
Angola, o país do "se desemerda"!
POR TCHENGUITA
Perdi as minhas vizinhas, enquanto crescia, todas elas jovens, todas elas com pouca escolaridade, todas elas massa, número, estatística. Como elas, ao redor de Angola tantas outras mulheres têm morrido pela pobreza extrema e o abandono, pela falta de políticas públicas que as inclua. Num país em que a luva do hospital sai directamente do bolso do paciente, não via imposto, directamente. Onde todos os serviços são privatizados e quem é pobre ainda tem de pagar para ter direito a cidadania. Um país onde nada funciona.
TUBA disponível em francês e em inglês
Desde o Ondjango Feminista, com muita satisfação, comunicamos à nossa comunidade que o nosso Informe TUBA, edição de 2020, está disponível no nosso site em INGLÊS e FRANCÊS. O TUBA é um Informe de inteira responsabilidade do Ondjango Feminista, produzido anualmente. Traz sempre diversas abordagens que espelham diferentes realidades da situação das mulheres em Angola. Na edição de 2020, o nosso tema central é "RESISTÊNCIA ECONÓMICA DAS MULHERES: UM DESAFIO DIÁRIO"!
FAOFEM'20: Inscrições Abertas!
O Ondjango Feminista tem a satisfação de anunciar o nosso FAOFEM’20, 5º Fórum Anual do Ondjango Feminista edição de 2020, que se irá realizar nos dias 4, 5 e 6 de Dezembro, pela plataforma digital Zoom.
Os nossos fóruns têm sido espaços onde se congregam diversas mulheres de diferentes partes de Angola, que em conjunto partilham experiências, saberes, vivências, energias, lutas, solidariedade, afectos e muito mais. Embora neste ano não possamos partilhar tudo isso presencialmente, como habitual, a nossa expectativa é de que mesmo à distância, em formato virtual, as nossas energias, solidariedades, conhecimentos, experiências e estratégias de lutas e resistências se congreguem, desde Angola até além-fronteiras.
Precisamos de Novos nomes
Obra de NoViolet Bulawayo
Por Leopoldina Fekayamãle
Há um tanto de profundidade nesse livro, muito bem reflectida na voz de uma criança. Uma criança que nos lembra como contextos de injustiças sociais comprometem o futuro de gerações vindouras. Uma criança que vai crescendo a sentir na sua trajectória de vida as implicações de ser natural de um país extremamente marcado por desigualdades sociais. Uma criança que também nos mostra o jogo de poder a nível geopolítico, onde uns países valem mais do que os outros e questões de raça e atitudes neocoloniais se conectam. Uma criança que nos lembra que “Precisamos de novos nomes”, ou, pelo menos, lutar por eles.