SOBRE O PROJECTO EXPO

O Ondjango Feminista organiza anualmente uma Exposição Colectiva, com o objectivo de fomentar a reflexão feminista por meio da arte, que procura realçar a arte como ferramenta de intervenção política e oferece visões alternativas sobre a posição das mulheres na sociedade angolana.

Terceira exposição colectiva

ABYSMUUS - Entre os Espaços e os Acessos

O Ondjango Feminista tem a honra de apresentar a 3ª edição da sua Exposição Colectiva, denominada "Abysmuus – entre os Espaços e os Acessos".

Para essa edição, temos novidades! O projecto prevê um programa mais abrangente, começando com uma formação e terminando com a exposição. Contaremos com a colaboração e parceria com a Rompe Luanda e a Associação Otratierra.

O objectivo desse projecto é fomentar a reflexão feminista por meio da arte como ferramenta de intervenção política, que permite expor, criticar e oferecer visões alternativas para a posição das mulheres na sociedade angolana, criando um espaço de reflexão sobre como as mulheres se relacionam com diferentes eventos históricos do país, os seus anseios, medos, frustrações e alegrias com o estado da nação. O percurso de formação e exposição servirá como base para mostrar como as mulheres são definidas, como elas se definem, e também como elas influenciam essa trajectória.

O tema "Abysmuus – entre os espaços e os acessos" procura reflectir sobre a necessidade urgente de confrontar a discrepância entre a percepção pública de espaços acessíveis e a realidade enfrentada pelas mulheres em Angola.  Este tema, embora poético, aponta para uma realidade austera: o abismo que separa a idealização de um mundo onde as mulheres têm acesso irrestrito e igualdade de oportunidades, e a dura realidade das barreiras sociais, económicas e culturais que continuam a existir. As artistas são chamadas a realizar uma crítica incisiva desse abismo, explorando as condições reais de acesso aos espaços que supostamente estão abertos a todos, a abordar as barreiras que impedem as mulheres de ingressarem e participarem plenamente da vida social, política, econômica e cultural do país. As artistas farão também uma reflexão sobre como as estruturas de poder existentes reforçam essas barreiras e ampliam a distância entre a idealização e a realidade.

Sendo assim, são chamadas todas as mulheres produtoras de arte, a se inscreverem nesta edição da nossa Exposição Colectiva. As inscrições estarão abertas até ao dia 20 de Agosto de 2024 .

Para mais informações e inscrições, leia o artigo completo: 

#Abysmuus #ExpoColectiva #OndFeminista #RompeLuanda #Otratierra


Segunda exposição colectiva

ESTAÇÃO 21’02

Porquanto a primeira edição da exposição abordou a independência de 1975, para a 2ª edição pretendemos sublinhar o aniversário da paz - 2002. Denominada ESTAÇÃO 21’02, a exposição é pensada como um projecto que visa olhar para o país 21 anos depois da proclamação da paz, e a partir disto, fazer uma projecção futurista feminista, através da qual as artistas representarão como o País será ou deveria ser passados 100 anos do fim da guerra.

Numa trajectória que começa em 2002, a Estação 21’02 não representa um ponto de chegada, mas sim duas paragens. A jornada continua para além deste ponto, embora seja um marco histórico importante. Portanto, a exposição é um início de conversa sobre os futuros que queremos construir.

Tal como a história e o presente, o futuro é um importante campo importante de contestação política. Tanto a arte como a reflexão feminista angolana raramente se debruçam sobre o futuro, a necessidade de imaginarmos e projectarmos alternativas para o País. Pensamos que isto é sintomático de um projecto político, económico e sociocultural que mantém as pessoas focadas em resolver problemas urgentes do dia a dia, cerceando a esperança de que as coisas possam ser radicalmente diferentes.

A exposição procura ir contra essa corrente, reivindicando o futuro e poder transformador das utopias como ferramenta de transformação social, e uma forma de exercitar a nossa responsabilidade colectiva com as futuras gerações.

Portanto, esta edição da exposição pensa a arte como mediadora dos nossos sonhos para o País enquanto mulheres feministas. Pensa nela como um meio de influenciar politicamente as esferas sociais, de ousar e romper barreiras estruturais e estruturantes; consolidando assim numa intervenção social e política.

Link directo à pagina, para mais informaçoes:

Primeira exposição colectiva

EM DEPENDÊNCIA

Independência
substantivo feminino

  1. estado, condição, caráter do que ou de quem goza de autonomia, de liberdade com relação a alguém ou algo.

  2. caráter daquilo ou daquele que não se deixa influenciar, que é imparcial; imparcialidade.

Nação
substantivo feminino

  1. agrupamento político autônomo que ocupa território com limites definidos e cujos membros respeitam instituições compartidas (leis, constituição, governo).

  2. território ocupado por esse agrupamento; país.

A 11 de Novembro celebra-se em Angola o dia da Independência Nacional.

A ideia de independência nacional remete-nos à autonomia integral não só do território, mas de todas, todos e todxs que nele se encontram, inclusive das mulheres. Passados 46 anos, uma realidade marcada por exclusão, violência, e desigualdade evidencia um caminho ainda longo para uma independência que se materialize como a substantiva e efectiva realização dos anseios e direitos das mulheres. A liberdade das mulheres em Angola continua condicionada. Permanece dependente.

Em Dependência”, a 1ª Edição da Exposição Colectiva do Ondjango Feminista pretendemos trazer reflexões de mulheres artistas sobre como as mulheres se relacionam com a ideia de independência nacional: o ideal, a realidade, a memória, a política, o quotidiano, e tudo o resto.

Estão abertas as candidaturas para artistas de todos os géneros. Referimo-nos às mulheres como uma categoria inclusiva para incluir mulheres cis, trans, intersexo e não binares.


ARTISTAS SELECIONADAS.ES


AS OBRAS